sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Origem do Trico

O tricô é uma técnica para entrelaçar o fio (de lã ou outra fibra têxtil) de forma organizada, criando-se assim um pano que, por suas características de textura e elasticidade, é chamado de malha de tricô ou simplesmente tricô.
Pode ser feito manualmente, com duas agulhas, ou só com uma que, além de propiciar o entrelaçamento do fio (criando cada ponto), abrigam a malha de tricô já tecida. A técnica nasceu provavelmente no Egito onde o entrelaçamento era feito com a ajuda de ossos ou madeira. Os belgas levaram a técnica aos ingleses onde as mulheres a desenvolveram para produzir meias e cachecóis que protegessem seus maridos e filhos no inverno. Usavam fios de lã pura que elas mesmas produziam. Por isso até hoje o tricô está relacionado ao inverno, o que a tecnologia reinventou, levando-a também para as malhas de verão através de fios leves e apropriados. A mortalha tecida por Penélope para poder ser desfeita só poderia ser feita em tricô, visto que ela a desfazia a noite para ganhar mais prazo para espera do seu amado Odisseu (A malha permite o descampionamento que é jeito ligeiro de desfazer um tecido de malha os outros processo de tecimento não possuem nada semelhante)


O tricô pode também ser feito através de máquinas próprias chamadas de máquinas de tricô, o que também resulta num pano muito semelhante à malha manualmente tecida.
No Brasil, as principais cidades no desenvolvimento de Tricô são:
Socorro - localizada à 132 Km de São Paulo - www.estanciadesocorro.com.br
Monte Sião - Localizada no Sul de Minas, próximo a Águas de Lindoia - É considerada a Capital Nacional do Tricô -www.portaldotricot.com.br
Jacutinga - Também em Minas Gerais.


Ligação de Malha Simples
Malharia

É a produção de tecidos de malha. Os tecidos de malha são caracterizados pelo entrelaçar dos fios têxteis, sendo esses sempre no mesmo sentido, ou todos na trama (horizontal) ou todos no urdume. Processo realizado com a ajuda de agulhas . O processo de tecimento fundamental neste caso é o tricot.





Malharia de Trama

Malharia Circular


Produzido em teares circulares, o tecido de malha é produzido tubular.
As ligações básicas são a meia-malha (jersey), o piquet, o moletom e o rib. A máquina pode ser monofrontura ou duplafrontura. E usa cunhas chamada excentricos (por analogia ao processo de cala) que movimentam as agulhas de lingueta.
Pode ser dividida ainda em malharia circular de pequeno e grande diâmetro.

Malharia Retilínea

Principalmente usada para produção de golas, punhos ou peças já prontas (maquinas fully-fashion). A indústria de malharia retilínea, atualmente conta com equipamentos eletrônicos de grande capacidade de recursos. Hoje é bastante utilizada a técnica de aplicação de jacquard em golas, principalmente escolares e de uniformes, onde se coloca o nome, logotipo ou detalhe desenhado na gola, personalizando o produto final, entarcia nas peças de meia malha para públicos mais refinados. A malharia retilinea, também é considerada malharia de trama.

Malharia de Urdume

São preparados os carretéis de urdume que entram na máquina Raschel ou Kettenstuhl. Os fios de urdume passam pelas agulhas, que estão presas nas barras , que fazem o entrelaçamento com os fios próximos. A primeira maquina normalmente utilizada para construir (tecer) rendas e similares e a segunda para tecido que é utilizado a largo em lingerie, automolisticos, filtros etc. Podem ser monofrontura ou duplafontura.

História do Artesanato

A história do artesanato tem início no mundo com a própria história do homem, pois a necessidade de se produzir bens de utilidades e uso rotineiro, e até mesmo adornos, expressou a capacidade criativa e produtiva como forma de trabalho.

Os primeiros artesãos surgiram no período neolítico (6.000 a.C) quando o homem aprendeu a polir a pedra, a fabricar a cerâmica e a tecer fibras animais e vegetais.

No Brasil, o artesanato também surgiu neste período. Os índios foram os mais antigos artesãos. Eles utilizavam a arte da pintura, usando pigmentos naturais, a cestaria e a cerâmica, sem esquecer a arte plumária como os cocares, tangas e outras peças de vestuário feitos com penas e plumas de aves.

O artesanato pode ser erudito, popular e folclórico, podendo ser manifestado de várias formas como, nas cerâmicas utilitária, funilaria popular, trabalhos em couro e chifre, trançados e tecidos de fibras vegetais e animais (sedenho), fabrico de farinha de mandioca, monjolo de pé de água, engenhocas, instrumentos de música, tintura popular. E também encontram-se nas pinturas e desenhos (primitivos), esculturas, trabalhos em madeiras, pedra guaraná, cera, miolo de pão, massa de açúcar, bijuteria, renda, filé, crochê, papel recortado para enfeite, etc.

O artesanato brasileiro é um dos mais ricos do mundo e garante o sustento de muitas famílias e comunidades. O artesanato faz parte do folclore e revela usos, costumes, tradições e características de cada região.

Tipos de artesanatos brasileiro

CERÂMICA E BONECOS DE BARRO

É a arte popular e de artesanato mais desenvolvidas no Brasil e desenvolveu-se em regiões propícias à extração de sua matéria prima - o barro. Nas feiras e mercados do Nordeste, se encontram os bonecos de barro, reconstituindo figuras típicas da região, como os cangaceiros, retirantes, vendedores, músicos e rendeiras.

RENDA

A renda, presente em roupas, lenços, toalhas e outros artigos, tem um importante papel econômico nas regiões Norte, Nordeste e Sul, e é desenvolvida pelas mãos das rendeiras.

ENTALHANDO A MADEIRA

É uma manifestação cultural muito utilizada pelos índios nas suas construções de armas, utensílios, embarcações, instrumentos musicais, máscaras e bonecos.

Os artesanatos em madeira produzem objetos diversificados com motivos da natureza, do universo humano e a fantasia. Exemplos disso são as carrancas, ou cabeças-de-proa, os utensílios como cocho, pilão, gamelas e móveis simples e rústicos, os engenhos, moendas, tonéis, carroças e o maior produto artesanal em madeira - contando com poucas partes de metal - são os carros de bois.

CESTAS E TRANÇADOS

A arte de trançar fibras, deixada pelos índios, inclui esteiras, redes, balaios, chapéus, peneiras e outros. Quanto à decoração, os objetos de trançados possuem uma imensa variedade, explorada através de formas geométricas, espessuras diferentes, corantes e outros materiais. Esse tipo de artesanato pode-se encontrar espalhados em diversas regiões do Norte e Nordeste do Brasil como, na Bahia, Mato Grosso, Maranhão, Pará e o Amazonas.


ARTESANATO INDÍGENA

Cada grupo ou tribo indígena tem seu próprio artesanato. Em geral, a tinta usada pelas tribos é uma tinta natural, proveniente de árvores ou frutos.

Os adornos e a arte plumária são outro importante trabalho indígena.

A grande maioria das tribos desenvolvem a cerâmica e a cestaria. E como passatempo ou em rituais sagrados, os índios desenvolveram flautas e chocalhos.

Fonte: www.programaartebrasil.com.br