quinta-feira, 4 de novembro de 2010

HISTÓRIA DO ORIGAMI

A origem exata do origami é desconhecida, mas acredita-se que tenha surgido como uma decorrência natural da invenção e divulgação do papel, e ainda segundo alguns pesquisadores está relacionada com um costume ou crença religiosa de épocas passadas.

      Mesmo sem saber quem tenha criado, alguns origami vem sendo transmitidos de geração em geração até os dias de hoje.


     
 Não se sabe quem foi o criador de muitos origami, pois muitos deles foram passados por várias pessoas até a forma final. Isto ocorreu com a criação do "orizuru", e acredita-se que esta era a essência do origami, a união de várias pessoas para a criação. Pode-se dizer que estes origami são uma das heranças peculiares mais antigas do país.

      Há criações mais recentes de origami, mesmo assim deve-se ter muito respeito com os origami mais antigos. Não basta fazer algumas modificações nos origami já existentes e depois dizer que esta é uma criação de um determinado autor. Se isto for feito e aceito por nós estaremos danificando o nosso próprio patrimônio. Para que isto não ocorra devemos deixar bem claro para o conhecimento de todos a partir de onde é a criação deste autor.


      Até agora dissemos que não se sabe a origem do origami, mas não há dúvidas de que se desenvolveu no Japão e, mesmo sendo desenvolvido também em outros países o nome origami é compreendido em todo lugar.


      Segundo alguns estudiosos as primeiras figuras de origami surgiram na antigüidade, por volta do século VI, quando um monge budista trouxe para o Japão o método de fabricação do papel da China, via Coréia, onde até então não era conhecido.


      Nesta época, quando o Estado e a religião era um só, Seisei itchi, os origami representavam a natureza das cerimônias religiosas. Dizem que foi utilizado para transmitir ou registrar a intenção da cerimônia religiosa. Porém, estes origami eram uma mistura de origami com kirigami, que é a arte de formar figuras através de recortes de papéis. Estes origami eram confeccionados utilizando-se papéis manufaturados especialmente para o uso das sacerdotes xintoístas.


      

Recortavam-se os papéis quadrados ou retângulos em forma de raio, dobrando-se a seguir em formato de tempo, ou de nusa ou shide, objetos utilizados durante as cerimônias. E ainda, nos Katashiro utilizado em harai, bonecos de papel utilizados no Hinamatsuri (festival das bonecas), o monkirigata que é o protótipo do emblema, todos eles eram feitos seguindo o método kirikomiorigami, que quer dizer origami com recortes.

      

"Os katashiro são, ainda hoje, colocados nos templos xintoístas no lugar da divindade, tomando a sua forma. O mais antigo katashiro de origami se encontra no Ise Jingu, província de Mie, portanto se diz que a história do origami é tão antiga quanto a história do Japão."(Kanegae,1988)

      Estes tipos de origami são considerados um clássico da arte, e vem sendo ensinado até hoje aos alunos na Escola Ogasawara de etiquetas.


      Outro origami formal utilizado até os dias de hoje é o noshi, um ornamento colocado sobre o embrulho de presente, significando que a pessoa deseja muita fortuna para a pessoa presenteada. Os japoneses diziam que todo presente deveria ser embrulhado em papel puramente branco, e como não é possível, utilizasse o noshi simbolizando este branco do costume japonês. A raça japonesa considera o branco como algo sagrado. Dizem que no mundo os japoneses e coreanos são os únicos povos que adoram o branco.


      Se formos analisar o conceito do origami dá-nos a impressão de ser algo fácil e "bobinho". Mas os princípios básicos ditam que o origami deve ser confeccionado a partir de um papel plano, bidimensional, a fim de que o resultado seja um objeto com três dimensões. Isto ainda sem utilizar-se de outros materiais como tesoura, cola ou similares.


      A partir do século XVII, estas rígidas regras foram um pouco alteradas, dando a liberdade de se utilizar pequenos cortes desde que isto seja feito no início do origami.

      O origami recreativo conhecido atualmente teve origem na Era Heian (794-1192), época em que o origami deixa de ser formal para ser mais recreativo, evoluindo para as formas de garças, barco e bonecas.


      Segundo pesquisador conceituado das origens do origami, professor Massao Okamura de 65 anos, o origami teve início no século XVII pelos samurais. Foram eles que deram os primeiros passos para o formato dos origami atuais. E o interessante, é que ao contrário dos dias de hoje, em que o origami é visto como uma atividade infantil, até meados do início do século XIX, era considerado como um passatempo divertido e interessante restrito aos adultos, principalmente devido ao valor muito caro da matéria-prima.


      A partir da fabricação do papel no Japão, a população japonesa passa a conhecer e aprimorar o origami, e transmitindo de pai para filho.


      Durante a Era Edo (1590-1868), o origami passa a ser praticado principalmente pelas mulheres e crianças independente da classe social.


      

   Até o final desta era, foram criados aproximadamente setenta tipos de origami, tais como o "tsuru"(conhecida também como cegonha e grou), sapo, íris, lírio, navio, cesta, balão, homem, etc. Estes receberam a denominação de origami, "origaka", "orisue", "tatami-gami", etc.

      Na era Meiji (1868-1912) o origami voltou a ser ensinado nas escolas, após sofrer grandes influências do método de origami alemão. Isto porque o origami floresceu no Japão em outros países também ocorreu o mesmo, como na Espanha, onde os primeiros origamis foram introduzidos pelos Mouros no século VIII.


      Os origamis de origem ocidental apresentavam as formas geométricas como característica predominante, enquanto que as do Japão sempre foram mais figurativas, ou seja, imitando formas de animais, pessoas, flores, etc. Por este motivo em uma determinada época o origami foi bastante criticado, pois acreditava-se que era uma arte imitativa, mas só com o tempo que se provou o contrário.


      Há um registro de que no século XVIII, um grupo de japoneses se apresentaram em Paris, demonstrando vários origamis, como o tradicional Tsuru. Como fruto deste intercâmbio, em 1886, surgiu na literatura inglesa o origami de um pássaro voando.


      Enquanto o intercâmbio internacional tornava o origami conhecido em todo o mundo, após a I Guerra Mundial as aulas de origami foram eliminadas das escolas japonesas, alegando que eram consideradas não-didáticas para o sistema educacional. Este tema ainda vem sendo discutido, pois depois desta retirada o origami se tornou restrito à crianças e ambientes familiares.

ARTESANATO JAPONES


Todas as obras de arte realizadas no Japão desde o assentamento dos primeiros habitantes, por volta do X milênio a.C., até a atualidade.


Otani Oniji como Eitoku é uma das numerosas gravações feitas em madeira por Toshusai Sharaku entre 1794 e 1795, durante o período Edo. Representa um ator de kabuki pintado no estilo Ukiyo-e (mundo flutuante). As gravações em madeira alcançaram seu ponto máximo na arte japonesa nos séculos XVIII e XIX.

Historicamente, o Japão esteve sujeito a súbitas invasões de idéias novas procedentes do estrangeiro, seguidas por longos períodos de contato mínimo com o mundo exterior. Ao londo do tempo, os japoneses tem desenvolvido a habilidade de absorver, imitar e acabar por assumir os elementos da cultura estrangeira que serviam para complementar suas preferências estéticas. As manifestações artísticas mais antigas que se desenvolveram no Japão datam dos séculos VII e VIII e estão relacionadas com o budismo.

ARTESANATO CHINÊS



O artesanato chinês se caracteriza por suas numerosas variedades e refinadas técnicas. Muitas obras trabalhadas com técnicas especiais atraem especialistas e colecionadores. O artesanato chinês se divide em dois ramos: especial e folclórico.

O artesanato especial inclui esculturas em marfim, em jade e em pedra Shoushan e outros artigos, dos quais, os feitos com desenhos meticulosos e materiais preciosos e particulares são muito caros.

Esculturas em marfim

As esculturas em marfim são produzidas especialmente em Beijing, Guangzhou e Shanghai. As de Beijing representam principalmente donzelas, flores e pássaros. Ghangzhou goza da fama das bolas de marfim com gravações finas. Na maioria dos produtos de Shanghai se talham figuras de seres humanos esmeradamente desenhados. Devido a escassez de marfim, os artesãos vêm praticando novas técnicas de talhar miniaturas.

 

Objetos de jade

No caso dos objetos de jade, utilizando lustres e cores naturais de matérias-primas, os artesãos combinam cores com a figura dos materiais a fim de mostrar plenamente a fascinação pela natureza.

Gravuras em pedras

São feitos com distintas pedras preciosas. Os artesãos escalpem os objetos conforme a cor e a forma das pedras, tornando-as vivas.

Gravuras de laca

São principalmente em garrafas, jarros e grandes biombos de cor roxo escuro, na maioria dos casos. Parecem muito bonitos e refinados.




Objetos de cloisonné

São famosos na China e em outros países. O processo de produção se inicia com o modelo dos objetos com cobre, e se estendem em tirinhas de cobre polida e galvanizadas com ouro e prata. Estes objetos, que deslumbram o brilho metálico, são principalmente floreiras e taças.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Origem do Trico

O tricô é uma técnica para entrelaçar o fio (de lã ou outra fibra têxtil) de forma organizada, criando-se assim um pano que, por suas características de textura e elasticidade, é chamado de malha de tricô ou simplesmente tricô.
Pode ser feito manualmente, com duas agulhas, ou só com uma que, além de propiciar o entrelaçamento do fio (criando cada ponto), abrigam a malha de tricô já tecida. A técnica nasceu provavelmente no Egito onde o entrelaçamento era feito com a ajuda de ossos ou madeira. Os belgas levaram a técnica aos ingleses onde as mulheres a desenvolveram para produzir meias e cachecóis que protegessem seus maridos e filhos no inverno. Usavam fios de lã pura que elas mesmas produziam. Por isso até hoje o tricô está relacionado ao inverno, o que a tecnologia reinventou, levando-a também para as malhas de verão através de fios leves e apropriados. A mortalha tecida por Penélope para poder ser desfeita só poderia ser feita em tricô, visto que ela a desfazia a noite para ganhar mais prazo para espera do seu amado Odisseu (A malha permite o descampionamento que é jeito ligeiro de desfazer um tecido de malha os outros processo de tecimento não possuem nada semelhante)


O tricô pode também ser feito através de máquinas próprias chamadas de máquinas de tricô, o que também resulta num pano muito semelhante à malha manualmente tecida.
No Brasil, as principais cidades no desenvolvimento de Tricô são:
Socorro - localizada à 132 Km de São Paulo - www.estanciadesocorro.com.br
Monte Sião - Localizada no Sul de Minas, próximo a Águas de Lindoia - É considerada a Capital Nacional do Tricô -www.portaldotricot.com.br
Jacutinga - Também em Minas Gerais.


Ligação de Malha Simples
Malharia

É a produção de tecidos de malha. Os tecidos de malha são caracterizados pelo entrelaçar dos fios têxteis, sendo esses sempre no mesmo sentido, ou todos na trama (horizontal) ou todos no urdume. Processo realizado com a ajuda de agulhas . O processo de tecimento fundamental neste caso é o tricot.





Malharia de Trama

Malharia Circular


Produzido em teares circulares, o tecido de malha é produzido tubular.
As ligações básicas são a meia-malha (jersey), o piquet, o moletom e o rib. A máquina pode ser monofrontura ou duplafrontura. E usa cunhas chamada excentricos (por analogia ao processo de cala) que movimentam as agulhas de lingueta.
Pode ser dividida ainda em malharia circular de pequeno e grande diâmetro.

Malharia Retilínea

Principalmente usada para produção de golas, punhos ou peças já prontas (maquinas fully-fashion). A indústria de malharia retilínea, atualmente conta com equipamentos eletrônicos de grande capacidade de recursos. Hoje é bastante utilizada a técnica de aplicação de jacquard em golas, principalmente escolares e de uniformes, onde se coloca o nome, logotipo ou detalhe desenhado na gola, personalizando o produto final, entarcia nas peças de meia malha para públicos mais refinados. A malharia retilinea, também é considerada malharia de trama.

Malharia de Urdume

São preparados os carretéis de urdume que entram na máquina Raschel ou Kettenstuhl. Os fios de urdume passam pelas agulhas, que estão presas nas barras , que fazem o entrelaçamento com os fios próximos. A primeira maquina normalmente utilizada para construir (tecer) rendas e similares e a segunda para tecido que é utilizado a largo em lingerie, automolisticos, filtros etc. Podem ser monofrontura ou duplafontura.

História do Artesanato

A história do artesanato tem início no mundo com a própria história do homem, pois a necessidade de se produzir bens de utilidades e uso rotineiro, e até mesmo adornos, expressou a capacidade criativa e produtiva como forma de trabalho.

Os primeiros artesãos surgiram no período neolítico (6.000 a.C) quando o homem aprendeu a polir a pedra, a fabricar a cerâmica e a tecer fibras animais e vegetais.

No Brasil, o artesanato também surgiu neste período. Os índios foram os mais antigos artesãos. Eles utilizavam a arte da pintura, usando pigmentos naturais, a cestaria e a cerâmica, sem esquecer a arte plumária como os cocares, tangas e outras peças de vestuário feitos com penas e plumas de aves.

O artesanato pode ser erudito, popular e folclórico, podendo ser manifestado de várias formas como, nas cerâmicas utilitária, funilaria popular, trabalhos em couro e chifre, trançados e tecidos de fibras vegetais e animais (sedenho), fabrico de farinha de mandioca, monjolo de pé de água, engenhocas, instrumentos de música, tintura popular. E também encontram-se nas pinturas e desenhos (primitivos), esculturas, trabalhos em madeiras, pedra guaraná, cera, miolo de pão, massa de açúcar, bijuteria, renda, filé, crochê, papel recortado para enfeite, etc.

O artesanato brasileiro é um dos mais ricos do mundo e garante o sustento de muitas famílias e comunidades. O artesanato faz parte do folclore e revela usos, costumes, tradições e características de cada região.

Tipos de artesanatos brasileiro

CERÂMICA E BONECOS DE BARRO

É a arte popular e de artesanato mais desenvolvidas no Brasil e desenvolveu-se em regiões propícias à extração de sua matéria prima - o barro. Nas feiras e mercados do Nordeste, se encontram os bonecos de barro, reconstituindo figuras típicas da região, como os cangaceiros, retirantes, vendedores, músicos e rendeiras.

RENDA

A renda, presente em roupas, lenços, toalhas e outros artigos, tem um importante papel econômico nas regiões Norte, Nordeste e Sul, e é desenvolvida pelas mãos das rendeiras.

ENTALHANDO A MADEIRA

É uma manifestação cultural muito utilizada pelos índios nas suas construções de armas, utensílios, embarcações, instrumentos musicais, máscaras e bonecos.

Os artesanatos em madeira produzem objetos diversificados com motivos da natureza, do universo humano e a fantasia. Exemplos disso são as carrancas, ou cabeças-de-proa, os utensílios como cocho, pilão, gamelas e móveis simples e rústicos, os engenhos, moendas, tonéis, carroças e o maior produto artesanal em madeira - contando com poucas partes de metal - são os carros de bois.

CESTAS E TRANÇADOS

A arte de trançar fibras, deixada pelos índios, inclui esteiras, redes, balaios, chapéus, peneiras e outros. Quanto à decoração, os objetos de trançados possuem uma imensa variedade, explorada através de formas geométricas, espessuras diferentes, corantes e outros materiais. Esse tipo de artesanato pode-se encontrar espalhados em diversas regiões do Norte e Nordeste do Brasil como, na Bahia, Mato Grosso, Maranhão, Pará e o Amazonas.


ARTESANATO INDÍGENA

Cada grupo ou tribo indígena tem seu próprio artesanato. Em geral, a tinta usada pelas tribos é uma tinta natural, proveniente de árvores ou frutos.

Os adornos e a arte plumária são outro importante trabalho indígena.

A grande maioria das tribos desenvolvem a cerâmica e a cestaria. E como passatempo ou em rituais sagrados, os índios desenvolveram flautas e chocalhos.

Fonte: www.programaartebrasil.com.br